Mudar dói

jogando conversa fora sobre A vida, o Universo e tudo mais

Mudar dói

23 de February, 2014

Sim, eu sei, quase 1 ano sem postar nada e bla bla bla, não vamos discutir a relação agora, tudo bem querida?   Esse post, diferente do que eu tenho feito, vai ser algo mais reflexivo, pra falar sobre a vida, o universo e tudo mais, sacomé? Estou tentando mudar um pouco as coisas por aqui, tentando deixar mais dinâmicas e conseguir postar mais vezes. Não sei se você reparou, mas mudei o layout, assim, só um pouquinho. Claro que ainda vou falar sobre filmes, quadrinhos e afins, mas vou fazer também esses tipo de postagem mais frufu, porque falar sobre o modo como vejo o mundo ajuda a organizar melhor as coisas dentro da minha cabeça, serve como uma pequena terapia pessoal 🙂 quanta baitolice   Anyway, o ano de 2013 demorou a passar e já foi tarde, que vá pela sombra para o raio que o parta pra puta que pariu. Eu sei reclamar de que ano tal foi ruim pode soar muito piegas, mas veja bem: de fato acredito que você tem o poder de mudar o rumo das coisas na sua própria vida, e aí é que mora a complicação, tirar qualquer coisa do lugar dói pra caralho.   Mudar dói   Estar envolvido no processo de mudança não é lá uma coisa muito simples. Não me refiro apenas em situações novas das quais te fazem sair da maravilhosa zona de conforto, mas também situações que já foram vividas no passado e agora retornam em outra forma pra te fazer pensar em todas as suas ações e mais que isso, te fazem lembrar de quem você é. É verdade que passamos por diversas mudanças ao longo da vida e cada uma marca um ponto de amadurecimento e crescimento pessoal importante. Dessa vez os ventos da mudança me trouxeram uma situação que vivi há exactamente 10 anos no passado. Aos 14 anos eu não tinha amigos, não tinha muito com quer conversar e minha cabeça estava abarrotada de questionamentos e inseguranças. Bom e mau, certo e errado, aceitação pessoal, julgamento alheio em relação a mim eram coisas que não me deixavam sequer por um momento enquanto eu estava crescendo. Apesar de hoje saber que a maioria dos adolescentes passam por isso, pra mim aquele era um momento de sofrimento inacreditável.   Com o tempo aprendi a me aceitar do jeito que sou, abracei os meus medos e caminhei ao lado deles de mãos dadas ao pôr do sol. Como não tinha amigos, passava a maior parte do tempo ouvindo bandas de metal, que foram os melhores companheiros que eu poderia desejar. Chuck Schuldiner do Death me disse repetidas vezes: Stay strong and hold on tight  enquanto ouvia Sprit Crusher. Com o tempo o próprio metal começou a me trazer amigos e logo eu não me sentia mais tão sozinha. O vai e vem da vida me trouxe também excelentes pessoas, com quem eu poderia conversar sobre todo tipo de assunto e com algumas delas aprendi até mesmo a fazer aquilo que mais me apavorava: falar sobre os meus medos.   E quando você não poderia estar mais certo de que superou todos os seus traumas, aquele mecanismo que faz o universo girar te traz de volta a mesma situação que você pensava ter sob controle. Me vi novamente como aos 14 anos, lidando com as mesmas situações, os mesmo medos as mesmas inseguranças, mas agora evoluídos que nem um Pokémon. Mas nessa hora em que me senti sozinha e perdida diante de monstros contra os quais não sabia lutar é que lembrei do que era mais importante: lembrei de quem eu sou. Percebi que nesse ano que passou acabei me deixando de lado, me esqueci daquilo que era importante pra mim. Além disso, coloquei muita energia e insistência em situações falidas e circunstâncias que não me levariam a lugar nenhum, muitas vezes simplesmente por me apegar demais às boas lembranças que me traziam. Felizmente me recuperei a tempo e mais uma vez estou fazendo as pazes com os monstros do medo, servindo bolo com café pra eles aqui na bagunça que é a minha vida.   Mudar é deixar morrer aquela parte da sua vida que não está mais te trazendo nada de produtivo. Fazer um funeral e deixar que o rio leve aquelas cinzas que estava sufocando a sua vontade de viver e de se transformar. Tirar o pó jogar fora tudo aquilo que não te faz mais bem pra que sobre espaço pras novas coisas que estão por vir. Soltar essas amarras é doloroso, mas quando você abre as portas pra aquilo que está além das suas barreiras as coisas se transformam.  É importante aceitar a mudança quantas vezes for preciso.  

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    Comentários:

  • O preço da mudança | Conversa Fiada à toa em 21/03/2014 - 23:02

    […] Mudar dói, já falei aqui. […]

  • O preço da mudança | Conversa Fiada à toa em 21/03/2014 - 23:02

    […] Mudar dói, já falei aqui. […]

  • Nanna Bovierry à toa em 05/07/2016 - 23:02

    Cara, entrei agora no seu blog e estava vendo alguns posts até chegar aqui… Não sei explicar o quanto você descreveu minha situação atual agora, ” Percebi que nesse ano que passou acabei me deixando de lado, me esqueci daquilo que era importante pra mim. Além disso, coloquei muita energia e insistência em situações falidas e circunstâncias que não me levariam a lugar nenhum, muitas vezes simplesmente por me apegar demais às boas lembranças que me traziam. ” Entendo completamente, e espero que tenha se livrado desses monstros que eu enfrento. rsrs

  • Nanna Bovierry à toa em 05/07/2016 - 23:02

    Cara, entrei agora no seu blog e estava vendo alguns posts até chegar aqui… Não sei explicar o quanto você descreveu minha situação atual agora, ” Percebi que nesse ano que passou acabei me deixando de lado, me esqueci daquilo que era importante pra mim. Além disso, coloquei muita energia e insistência em situações falidas e circunstâncias que não me levariam a lugar nenhum, muitas vezes simplesmente por me apegar demais às boas lembranças que me traziam. ” Entendo completamente, e espero que tenha se livrado desses monstros que eu enfrento. rsrs