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O preço da mudança

21 de March, 2014

Mudar dói, já falei aqui.

 

 

Mas o preço que se paga pela mudança é que machuca. A gente sabe que vai doer, compra a ideia da mudança em 12 vezes sem juros, leva pra casa ansioso pra tirar da caixa.

 

Mas a verdade é que você não sabia o tamanho da porrada que estava por vir. Não é arrependimento, afinal, a mudança sempre é necessária. Mas o choque de realidade de 125 milhões de volts que acabou de acertar na moleira, te deixa um pouco zonzo, te faz acordar.

 

Uma das melhores lições que se pode aprender com animes está em Full Metal Alchemist:

 

Nada pode ser obtido sem uma espécie de sacrifício. Para se obter algo é preciso oferecer algo em troca de valor equivalente. Esse é o princípio básico da alquimia, a Lei da Troca Equivalente.

 

Não, fera, ninguém disse que seria fácil.

 

Junto com a mudança vem o sacrifício. Inevitável. Aquelas pequenas coisas, essas que não faziam muita diferença na balança, começam a pesar no coração feito chumbo.

 

O cheiro do quarto, a voz do papai chamando pra tomar café, as rizadas sonoras vindas dos outros cômodos. Pra completar, a quantidade absurda de pensamentos destrutivos que insistem em cantarolar sem parar. Os espíritos da incerteza, que agora vivem na sua sombra, te dizem a todo momento: “tá tudo errado”.

 

“Cadê minha caneca de gatinho? Ah é… ficou em casa.”

 

Ahh… minhas canecas. Algumas coisas começam a soar estranho.

 

“Que saudade da minha pirralha” eu penso em quanto lembro da rizada da minha irmã caçula.

 

A mão fria da saudade aperta o coração.

 

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Mas então, aquela conversa com uma grande amiga te faz ver as coisas de um ângulo mais otimista. “Você consegue, eu acredito em você”.

 

Meus amigos.

 

Se eles acreditam tanto em mim, que direito eu tenho de duvidar? Olhar pra traz nunca foi uma opção. Nesse caminho o da mudança só se segue em frente, não tem retorno a 500 metros, não tem atalhos, não tem arrependimentos.

 

Mesmo falhando, sei que vou cumprir as promessas que tenho para com a minha pessoa. Seguir em frente sem pensar no que teria sido ou no que pododeria ser. O dever a cumprir é com o agora, com o presente e o futuro do indicativo, sem nenhum verbo pra conjugar no pretérito imperfeito, nem mesmo no futuro do pretérito.

 

Mas no futuro do subjuntivo, quem sabe.

 

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